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OUTUBRO ROSA – QUEDA NOS EXAMES DE ROTINA PREOCUPA PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Com a pandemia do covid-19, tem caído as visitas ao médico para exames de rotina, vitais na detecção do câncer de mama, doença que atinge mais de 60 mil mulheres e mata cerca de 14 mil todos os anos no Brasil.
Robson Valentim
Com o tema “Quanto antes melhor”, começa neste mês mais um Outubro Rosa, a campanha de prevenção contra o câncer de mama. De acordo com a sociedade Brasileira de Mastologia, organizadora da campanha, a ideia é chamar a atenção para o diagnóstico precoce da doença e para as medidas de prevenção, baseadas na prática de atividade física, boa alimentação e um estilo de vida saudável.
Diferente de outros anos, com a pandemia de covid-19, o rastreamento da doença e os exames de rotina, imprescindíveis para detecção precoce da doença, foram interrompidos em várias partes do país. E muitas pessoas pessoas com medo da contaminação, deixaram de ir ao médico para fazer os exames de rotina. Preocupada com a situação, a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a retomada do rastreamento e dos exames de rotina nos locais onde o pico da doença diminuiu, desde que sejam seguidos os protocolos de segurança estipulados para cada caso e região.
Já nas regiões onde a transmissão da doença avança com maior velocidade, a recomendação é aguardar o pico passar. Mas, caso a mulher suspeite de um nódulo no seio, deve procurar um médico imediatamente.
Ao contrário do que se pensa, o câncer de mama de caráter genético/ hereditário atinge apenas 5% a 10% do total de casos. O que chama a atenção para a necessidade de se fazer sempre os exames de rotina, vitais para a prevenção do câncer de mama, doença que atinge, todos os anos, cerca de 60 mil mulheres e mata mais de 14 mil. A mamografia deve ser feita todo ano, em mulheres a partir dos 40 anos de idade.
Para evitar o contágio no deslocamento para a realização da mamografia, a recomendação é evitar aglomeração mantendo 1 metro de distância, uso de máscaras que cubram nariz e boca, cuidados de higiene das mãos, além de realizar limpeza frequente dos ambientes de consultórios e clínicas, mesmo na vigência do isolamento social.
Nesse sentido, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) divulgou as seguintes recomendações:
1 – De forma geral as consultas devem ser agendadas previamente, seguindo as indicações de periodicidade e faixa-etária;
2 – Os usuários devem ser reorientados a reagendar a consulta caso estejam com sinais e sintomas suspeitos de Covid-19;
3 – Os usuários devem ser triados para sinais e sintomas relacionados à Covid-19 antes de chegarem à sala de espera para o atendimento;
4 – O distanciamento físico deve ser estimulado, organizado e monitorado por profissionais da unidade de saúde treinados, para evitar aglomerações nas salas de espera e nas áreas de atendimento;
5 – Deve haver limitação para entrada de acompanhantes na unidade de saúde;
6 – O ambiente, as superfícies e os equipamentos deverão ser desinfetados e limpos regularmente;
7 – Usuários e profissionais de saúde devem usar máscara facial e lavar frequentemente as mãos;
8 – Profissionais de saúde devem utilizar equipamento de proteção individual (EPI) segundo orientação específica.
9 – As unidades de saúde devem agendar consultas de seguimento, evitando idas desnecessárias das usuárias às unidades de saúde para fins de marcação de novas consultas.
Fonte: INCA – Instituto Nacional do Câncer/ SGM Sociedade Brasileira de Mastologia